quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um mundo feito de aço


Vendo algumas fotografias e frases que seguiam junto delas, li uma algo muito interessante:

"Para mim as metalúrgicas são deuses poderosos, que comandam a sinistra produção de metal que domina o mundo. Nelas, tudo é violento, desproporcional, trágico. O metalúrgico sabe que trabalha na fronteira da morte, entre rios de metal escaldante e frente às caldeiras do inferno. Ele entende que o mundo é controlado pelo aço."

Sebastião Salgado

Acredito que, como o autor da frase, aprendi a ver o mundo formando-se assim, através de muros feitos de aço e concreto. E esses muros se arraigaram no coração do homem.
Se o amor de muitos esfriaria, essa é a geração em que isso ocorre com maior plenitude, sente-se isso, respira-se isso, nos jornais, ruas, nas casas.
Metais... Interessante o valor que atribuímos a eles...
No livro "A Utopia” (literalmente o não-lugar de nenhum lugar), o humanista e jurista inglês Tomás Morus (1478-1535), descreve o valor dos metais preciosos. Na sociedade projetada em seu livro o ouro serve para construir as coisas mais vis existentes, as pedras preciosas enfeitam as crianças, que logo querem entregá-las a outras crianças por terem se tornados adultos. A Bíblia mostra o céu com ruas de ouro e o mar feito todinho de cristal. Lá não importa o quanto você tem e sim quem você foi e em que creu.
Metais, um mundo feito de metais que sustentam a ganância, a maldade, por eles o mundo gira e o mundo de alguns para de girar por causa deles.
Dinheiro... Papel que compra metal, que tem sustentado uma fé morta, desertora e falsa. Uma fé que busca bens, que de nada valem quando se observa da perspectiva do amor. Uma fé que olha para o Salvador como um banqueiro e que se vê como "filho do rei" quando é a vida aborratada de "bençãos" está em jogo, e que esquece que o primogênito entre todos, o Cristo, se fez o mais sofredor e pobre entre todos os homens, homem de dores que soube sim o que era padecer. Que fé é essa que enche templos, que ridiculariza o cristianismo da cruz, do abrir mão, do dar em lugar de receber, do estender a mão, do servir, do amar? Fé que não sabe amar, apenas visa lucros.
Abro mão dessa fé que usa os outros para seus próprios interesses, tentam barganhar com Deus, usando as próprias escrituras para isso (embora isso não seja novidade porque Jesus Cristo foi tentado no deserto da mesma forma). Conhecem a verdade e distorcem-na. Creio que a estes restará a frase - "Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim".
Abro mão dessa fé medíocre que encobre quem Deus de fato é, e o que Ele fez por nós.
Em nome da minha FÉ digo:
Deus é amor.
Veio nos salvar.
Salvação, preço pago sem nenhum metal, mas com um liquido precioso - SANGUE.
Preço que eu nunca poderia pagar, nem sei o quanto vale... ou sei , para mim vale a minha vida e a de muitos outros a quem eu possa mostrar o que realmente importa, algo de importante pelo que se possa viver e também morrer - Deus.
E o legado mais precioso que ele deixou conosco -IR, falar dEle. Só.
Talvez assim eu e muitos outros que pensam como eu, possam esquentar um pouco o amor dessa geração.
Fazer com que corações de aço se transformem em corações vivos, cheios de FÉ, esperança e novamente amor, sendo o maior destes o AMOR.

Amanda Oliveira

The LORD lives!

The LORD lives!
Praise be to my Rock!
Exalted be God my Savior!

Psalm 18:46

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